Há cerca de meio ano escrevi a série contando que receita cada time seguiu para conseguir o acesso para a série A do campeonato carioca. Todas as receitas usadas deram certo. E todas as que tínhamos usado até o momento falharam por falta de algum ingrediente.
Em 2009, contando com Romario como gerente de futebol e a Unimed como patrocinadora, não faltaram duas coisas simples para se obter sucesso em qualquer área: planejamento e orçamento para a execução. Com ambos garantidos, Romario saiu a campo e foi em busca da espinha dorsal do time, logo após foi atrás dos veteranos, como o Têti, para dar experiência ao time. Por fim, juntou a eles a garotada peneirada durante um período de cerca de três meses de treinos.
A espinha dorsal veio de seus antigos contatos no Vasco da Gama: Roberto (goleiro), Claudemir e Gérson (laterais), Ciro (zagueiro) e Júnior e Osmar (volantes). Para o ataque vieram Alexandro e Adriano Michael Jackson e acabamos montando um time de respeito e que subiria tranquilamente.
MONTAGEM DO ELENCO 2015
Em dezembro de 2014 fizemos enquetes no grupo dos Gatos Pingados no Facebook e concluímos que dezoito jogadores deveriam continuar para fazer a espinha dorsal do time para a segundona. Porém apenas seis desses continuaram, enquanto alguns que a torcida não simpatizava muito com a permanência, acabaram continuando apenas fazendo número no elenco.
A gerência de futebol do clube acabou seguindo a cartilha usada pela Cabofriense em 2013, chamo essa receita de ‘aposta com segurança’, pois é o meio mais fácil de conseguir boas campanhas em campeonatos. Ter a backbone futebolística entrosada, aliar juventude e experiência e o principal, salários em dia. Foram trazidos veterenos para posições chave, Fábio Braz (zaga), Wagner Diniz e Abedi (meio de campo) Saci, Jean e Somália (ataque). Essas contratações foram criticadas e com razão pela torcida. Atacantes velhos, caros e que se mostraram ineficientes ao final do certame, mas isso não afetou o planejamento.
Na peneira tivemos boas surpresas, Darlan, Accioli, Enric, Lucien e Kazu foram aproveitados. Da base, alguns bons valores foram levados para o time de cima, Leozinho, Daniel, Latto, Russo e Marquinhos apesar de terem poucas chances mostram que ainda produzimos jogadores, apesar da base estar abandonada.
CAMPEONATO INSTÁVEL
O time se mostrou muito instável durante os jogos treinos, com uma defesa bastante vazada por times fracos que deveriam ser sacos de pancadas e acabariam endurecendo os jogos. A torcida ficou receosa de um novo fracasso. Para piorar, o treinador da equipe se achava um deus e não ouvia a torcida, pelo contrário fazia questão de afastar-se dela, inclusive colocando o banco de reservas do lado oposto ao das arquibancadas ocupadas pela torcida.
Algumas invenções do treinador desagradavam a torcida. O mesmo cismava em escalar o ótimo volante e destaque do time de 2014, Muniz na lateral direita, o que fazia o time perder saídas de bola com agilidade, característica do volante moderno e afunilava a lateral, com um jogador sem velocidade para ir e vir e que tem caguete de meia e não de ponta.
A insistência em escalar Fábio Saci, improdutivo e pesado, também irritava a torcida. Pior ainda era quando escalava o Somália e não aproveitava da melhor característica deste jogador que são as bolas alçadas na área, isso por não termos laterais, jogando com dois meias improvisados, o que demonstra uma clara falha no planejamento.
O time mostrou péssimo futebol mesmo nas vitórias. Chegou ao ponto de perder para o recém egresso da terceirona Gonçalense, num jogo onde tomou o gol logo no início da partida e não teve forças para buscar pelo menos um empate. E olha que o time de São Gonçalo já estava em processo de desmonte, perdendo seus melhores jogadores. E o treinador apenas esbravejava palavrões na lateral do campo contra os jogadores, que não deviam gostar nem um pouco, pois a maioria do elenco é composta por evangélicos. Imagine a situação...
A situação se agravou ainda mais quando o diretor de futebol e ídolo da torcida, Edu, em vez de se posicionar ao lado de quem sempre o idolatrou, preferiu bancar a permanência de um treinador antipático e que estava prejudicando o time para fazer birra, como na derrota para o invisível Queimados, num jogo onde poderíamos ter levado uma goleada histórica, sendo salvos pelo goleiro Felipe, que foi o nosso maior craque nesse certame.
A situação do treinador Arthurzinho ficou insustentável e o mesmo foi demitido, em solidariedade, Edu foi junto, o que acabou sendo um alívio para a torcida e corroborou o que a mesma já vinha dizendo, com esses dois não conseguiríamos jogar um bom futebol.
A TORCIDA TINHA RAZÃO
A torcida tinha toda a razão, foi só a dupla Edu/Arthurzinho sair do clube e o time passou a jogar de maneira coesa e a ser escalado com jogadores em suas posições de origem, ou seja, acabaram-se as invenções. Outro fator fundamental foi a saída do Fábio Saci e o ataque jogar com atacantes flutuantes e o Somália mais enfiado como centroavante clássico.
A entrada do lateral esquerdo de origem, Marlon, trazido pela insistência da torcida foi fundamental para que Somália recebesse bolas ao feitio. Muniz no meio de campo fazia daquele setor (o que ganha os jogos) preponderante para obtermos vitória importantes. Ainda nas semifinais da Taça Corcovado a postura do time havia mudado pra melhor, mesmo perdendo para a Portuguesa jogamos bem e fomos derrotados no detalhe.
TRIANGULAR FINAL DOS SONHOS
Nos quatro jogos finais o time beirou a perfeição, fizemos jogos emblemáticos, como ganhar do Americano em Campos, o que não ocorria desde 2007. Na volta ganhamos de novo deles, tirando toda e qualquer dúvida que ficara da semifinal da Taça Santos Dumont, quando perdemos em casa de virada, num jogo atípico. Estávamos com o acesso garantido e levando a Lusinha a tira colo.
Contra a Portuguesa seria o tira-teima, o time que fez o melhor campeonato na fase de grupos contra o time de melhor elenco e maior folha salarial. Empatamos um jogo em casa onde fomos melhores, mas perdemos chances de matar o jogo e o ditado da bola é implacável, quem não faz toma. Porém, na Ilha do Governador fomos superiores o jogo todo e administramos um jogo que nos dava o título.
A receita deu certo. Experiência de Somália, Fábio Braz e Léo Rocha, aliada a juventude de Enric, Marlon, Darlan e Accioli e somado a isso o aproveitamento a espinha dorsal entrosada do ano passado: Felipe, Taércio, Muniz e Marcelinho. Tudo isso mais a garantia de salários em dia e condições de trabalho dignas. O resultado só poderia ser este. O SUCESSO NO ACESSO DO NOSSO MECÃO.
SAUDAÇÕES RUBRAS ENCARNADAS E ATÉ A PRÓXIMA.
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O SUCESSO NO ACESSO - PARTE 4 - ÚLTIMA PARTE
01/03/2015
RECEITAS DIFERENTES, MAS RESULTADOS IGUAIS
Chegamos em 2014, mais uma série B começava para o nosso America, que não satisfeito com a decepção com a empresa CHAP, dessa vez repetiu a dose e entregou seu futebol à ODG e esta montou o pior time de todos os tempos que vestiu nosso manto. Resultado final foi um 11º lugar, mais um vexame.
Enquanto isso alguns times tentavam algumas fórmulas comprovadas para garantir o acesso, ou pelo menos não decepcionar, montar time mesclando experiência e juventude, ou então apostar na juventude e na correria para surpreender os adversários.
O Tigres do Brasil apostou na mescla e o Barra Mansa na juventude baseada no seu time de juniores de anos anteriores. Ambos surpreenderam na competição. O Tigres teve fôlego para ir até a final de turno e ser campeão, ganhar a vaga do acesso do Barra da Tijuca (time parecido com ele que mesclou jovens e veteranos).
Já o Barra Mansa surpreendeu com a correria esperada logo contra nós, metendo 4x1 e foi até pouco, pois o time da ODG era risível.
2014, BARRA MANSA E TIGRES DO BRASIL/ITAGUAÍ
Em 2014, Barra Mansa e Tigres do Brasil souberam muito bem explorar as qualidades de seus jogadores e os defeitos dos adversários. Contando com treinadores competentes como Wilson Leite, ex-goleiro do Volta Redonda e treinador estrategista e Rubens (Boeira) Filho, um treinador subidor e que sabe o caminho das pedras. Barra Mansa e Tigres do Brasil (bancado pela prefeitura de Itaguaí) subiram com razoável facilidade.
Vale lembrar que, alguns jogadores de Tigres e Barra Mansa que disputaram a segundona, foram nossos adversários em competições de juniores e chamaram a nossa atenção. Anos depois formavam a base de seus times e voltaram a nos enfrentar nos profissionais.
O Tigres do Brasil foi vice campeão da OPG enfrentando o Nova Iguaçu, porém antes nos eliminaram e ao Vasco. Já o Barra Mansa fez boas campanhas nos juniores, mesmo não indo muito longe, mas vinha se destacando por formar ótimos valores aproveitados por Resende e Volta Redonda.
Os times base
Barra Mansa: IAGO; BRASINHA, CARLÃO, THIAGO e VITINHO; AUDREN, WILLIAN, RAFAEL, BAHIA e JEFERSON; KAIKE. TÉC. WILSON LEITE. Jogando num 4-2-3-1, o Barra Mansa se aproveitava da rapidez dos meias e dos laterais para municiar o ataque e pegar os adversários desprevenidos. Alguns resultados expressivos mostraram que eles iriam longe. A base do time é bem jovem com os mais velhos do elenco terem menos de trinta anos. Foi a aposta na receita da juventude e velocidade. Deu certo e o Barra Mansa sagrou-se campeão.
Tigres do Brasil/Itaguaí: EDUARDO (POTI); DUDU, FERNANDO, MARLON e MATHEUS; SILVA, ALEX SASSÁ, CAFÉ (GUI) e MARLINHO; MARANHÃO (MACARRÃO) e ROMÁRIO. TÉC. RUBENS FILHO. O time jogava num 4-4-2 bem postado, pouco arriscando em termos tático, como é características dos times dirigidos pelo Rubens Filho, que antes de dirigir um time sempre procura jogadores com as características que se encaixem no seu esquema de jogo. Porém dessa vez foi diferente, Rubens pegava um time montado pelo também subidor Manoel Neto, mas com muitos jogadores seus conhecidos como o outro também subidor Alex Sassá, pois o treinador anterior fora demitido pelos fracos resultados obtidos nas rodadas iniciais.
Quanto a estrutura, ambos os clubes tinham pouca ou nenhuma. O Tigres tem o seu CT e contava com o aporte financeiro da prefeitura de Itaguaí, fora isso, contava com muito menos que o America, onde o presidente provia todo o necessário, inclusive melhor estrutura do que a maioria dos times pequenos e médios da série A do Carioca. O Barra Mansa, podemos dizer que veio com a cara e a coragem.
De todos os campeonatos, esse foi o de pior qualidade técnica, bastando-nos apenas jogar futebol e comparecer ao estádio para não levar um WO, e caso tivéssemos mantido a base do ano anterior, entraríamos como francos favoritos ao acesso e ao título, tanto que o Barra Mansa, o Tigres do Brasil e o Barra da Tijuca que perderam de nós com certa facilidade no ano anterior (0x5 fora de casa, 0x4 fora de casa e 1x2 em casa) foram os finalistas. E esses times mantiveram seus times base.
2015 será o ano do America?
Espero que tenham gostado desse passeio pelos últimos campeonatos locais da série B. No meio do ano, farei o mesmo, mas dessa vez analisando o que fizeram os últimos campeões da Copa Rio.
2015 espero que seja a nossa vez, os passos para isso foram dados. O presidente Léo Almada vem mantendo salários em dia, trouxe um treinador vitorioso, uma CT de respeito e um staff que conta com pessoas do ramo e gabaritados. Se vai dar certo, só tempo irá dizer.
Vejo o America muito parecido com a Cabofriense de 2013, onde a experiência foi fundamental para o acesso. Desta vez o campeonato tem nível técnico menos fraco do que o de 2014, mas inferior ao de 2013. Nosso time está bastante adequado para ganhar esse campeonato, porém devemos atentar para a quantidade de gols que estamos levando, que é muito preocupante.
Nosso time deverá ser: FELIPE; WAGNER DINIZ, VÁGNER EUGÊNIO, FÁBIO BRÁS e MARLON (ENRIC); RAMON (TAÉRCIO), MUNIZ, ABEDI (DARLAN) e LÉO ROCHA; MARCELINO E SOMÁLIA. TÉC. ARTHURZINHO. Esse time jogaria melhor num 4-4-2, com os alas apoiando, porém com os volantes mais postados, pois temos meias de excelente qualidade. O que preocupa é a idade avançada, mas sabemos que quem tem que correr é a bola.
A GARANTIA DE SALÁRIOS EM DIA NÃO GANHA O ACESSO, MAS O CALOTE PODE FAZÊ-LO ESCORRER PELOS DEDOS
O ano era 2013, começava tudo de novo, o America estava recomeçando os trabalhos para a segundona. No ano anterior dinheiro foi problema para o clube, que esbanjou com contratações caras e equivocadas de jogadores com visíveis problemas físicos, de caráter e ineficientes. Além disso, investiu muito dinheiro em uma comissão técnica fora dos padrões inclusive para times da série A do campeonato carioca.
Desta vez o clube estava sem dinheiro e endividado. Numa jogada de mestre, o novo gerente de futebol, Major Angelo, fez uma aproximação com a torcida, numa inédita tentativa de democratizar o futebol e dividir a responsabilidade do sucesso ou fracasso do time no certame.
E foi-se montando um time com indicações de torcedores, jogadores conhecidos do próprio gerente, jogadores egressos da base e outros indicados pelo treinador. Nos jogos treinos o time mostrava uma raça incrível, apesar de algumas limitações técnicas. O time-base era bastante equilibrado, contando com um ex-júnior ao lado de um jogador experiente.
Nesse elenco inicial destacavam-se: o lateral direito jovem, mas ‘rodado’ Clayton, trazido pelo gerente de futebol; o melhor zagueiro da série C do ano anterior Bruno Ronzei que veio indicado pela torcida; os zagueiros ex juniores Pit e Vitor Hugo; os meias do time de juniores que subiram Paulo Ricardo e Igor Martins; o atacante dos juniores João Paulo e os atacantes Marco Tulio, indicado pelo gerente de futebol e Ricardo-Quissamã indicado por torcedores.
Mas aí veio a CHAP, empresa que serve de terceirizada para o futebol dos clubes e todo o esforço inicial acabou sendo jogado fora, pois a mesma montou seu time, desprezando o bom time-base inicial e trazendo jogadores pagos por ela. Aí, o dinheiro dela acabou em menos de dois meses, sendo que na reta final da competição a mazela apareceu mais claramente.
Por outro lado, Bonsucesso e Cabofriense começavam a se acertar com patrocínios e a com a prefeitura local, respectivamente e se descolaram dos demais em termos de organização e proposta realista para a disputa.
2013, CABOFRIENSE E BONSUCESSO
Em 2013, os times da Cabofriense e do Bonsucesso usaram receitas diferentes para o acesso. A primeira agremiação veio bancada pela prefeitura de cabo Frio e com patrocínios pontuais (ainda não entendi porque só o America não consegue isso). Com os cofres cheios, a Cabofriense contratou jogadores experientes, montando um time bem idoso para a competição, mas muito técnico, colocando os adversários na ‘roda’.
Já o Bonsucesso, novamente (como em 2011) usou sua base e aproveitou muitos meninos que se destacaram nas competições de juniores do ano anterior (também não entendo porque o America nunca faz isso). Essa forma de montar o time baseado em jovens subidos dos juniores sempre dá bons resultados, mas para dar sustância ao time é preciso pelo menos uns quatro jogadores rodados para segurar o jogo nas horas difíceis. O Cesso fez isso, trazendo Camilo e o nosso Marco Tulio, que fora dispensado pela CHAP, e que se tornou peça fundamental no acesso do Cesso.
Os times base
Cabofriense: JEFERSON; FLÁVIO MEDINA, PESSANHA, ANDRÉ e BILL (LEANDRO); SILVANO, ANDRÉ II, ABEDI (BRUNO ANDRADE), RAMÓN (ARTHUR ou RODRIGO PINHO) e EBERSON; CAPIXABA (FABIANO). TÉC. TONINHO ANDRADE. O time de máster de Cabo Frio deitou e rolou na competição, jogando com cinco ou sete jogadores no setor defensivo, com meias de ligação rápidos, apesar da idade e um atacante fixo, podendo ser o Fabiano ou o Capixaba (ambos já passaram pelo America sem deixar saudades). O esquema do treinador subidor Toninho Andrade variava de um 6-3-1 jogando fora de casa para um 4-3-3 jogando em casa contra times mais frágeis.
Bonsucesso: SANTIAGO; MARQUINHOS, LUIZ OTÁVIO (LUCAS), VICTOR HUGO e MARLON; ALLAN, RENAN, PARÁ (SERGINHO), LUIZ FELIPE e CAMILO; MARCO TULIO (LYNDSON). TÉC. RICARDO BARRETO. Comandado pelo excelente e subidor Ricardo Barreto o time era jovem, rápido, habilidoso e eficaz. Destaque para o ótimo goleiro Santiago, pro ‘carrapato’ Pará e para o habilidoso Marlon. O time jogava num 4-5-1 fora de casa e num 4-4-2 em casa, mesmo fora de casa não abdicava do ataque e conseguia vitórias importantes nos domínios dos adversários.
Porém, o principal para o acesso desses dois times foi o cumprimento da palavra por parte dos dirigentes, na Cabofriense salários altos mas em dia e no Cesso, política do BBB, Bom, Bonito e Barato, porém com salários e bichos em dia.
A estrutura extra-campo também valeu, contando com razoável condições de treinos e principalmente mantendo-se amigos da federação, o que garantia que não seriam assaltados como o America foi em Campos dos Goitacazes.
Em suma era isso, no último capítulo dessa série veremos o que houve para que Barra Mansa e Tigres conseguissem subir.
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O SUCESSO NO ACESSO - PARTE 2
15/02/2015
A MANUTENÇÃO DE UM TIME-BASE GANHA O ACESSO
Repare nesse vídeo que a base do Quissamã foi mantida desde essa época
Parece a reinvenção da roda, mas manter um time-base durante alguns anos funciona muito bem quando o assunto é o acesso no campeonato carioca da série B. em 2012 foi o que fizeram Quissamã e Audax.
Ambos vinham batendo na trave sempre, apesar do insucesso, mantiveram a base pras disputas de novos torneios como a Copa Rio, de forma a aprimorar esquemas táticos e observar jogadores em teste e juniores recém egressos da base.
Fazendo isso, o Audax foi campeão da Copa Rio em cima do Bangu, time da primeira divisão carioca. Alguns jogadores do Audax já estavam a pelo menos três anos no clube, disputando posição de titularidade ou sendo emprestado para outros times para ganhar experiência ou para o clube ganhar dinheiro mesmo.
Já o Quissamã chegava sempre entre os melhores da série B desde 2009, sendo injustiçado, pois depois do America (campeão incontestável) foi o time que jogou o melhor futebol. Diga-se de passagem, o Quissamáquina subiu de maneira meteórica, sendo campeão em 2007 da Terceira divisão, numa disputa épica contra o Campo Grande e depois sendo o campeão da segunda divisão em 2012.
Veja a via crussis do Quissamã:
2012, QUISSAMÃ E AUDAX
Em 2012, os times do Quissamã e do Audax usaram o time-base de pelo menos dois anos para ascenderem. No caso do Quissamã desde a sua volta ao profissionalismo a base era quase que intocada. Jogadores fundamentais como o meia Bruno Marins Reis, o atacante Fabrício e o zagueiro Édson Figueiredo, deram o tom da música usada para o time sobrar na competição. O Audax manteve sua base campeã da Copa Rio dois anos antes e se deu muito bem.
Nesse ano o time que mais abriu o cofre foi o America, trazendo o subidor Antonio Carlos Roy, montando um time com jogadores de série A, muitos reservas em seus clubes, que não tiveram experiência em disputar um torneio pegado como a segundona. No papel nosso time era superior aos demais, porém em campo os vexames foram homéricos.
Os times base
Quissamã: RICARDO (GEÍLSON); DIGUINHO, EDSON, DOUGLAS e VINÍCIUS; JUNINHO, CLEITON, BRUNO REIS e THIAGUINHO; FABRÍCIO e CATITU. TÉC. PAULO HENRIQUE. Esse time além de muito entrosado era individualmente muito bom, completo (em relação à série B) em todos os setores. Subiu em um ano e desceu no ano seguinte devido a desorganização e falta de apoio da prefeitura que mudada a política, mudavam também as prioridades. Depois desse fracasso e queda no carioca da série A, esse time-base representou o Atlético Itapemirim na segundona capixaba, sagrando-se campeão, o que mostra que o time-base é de qualidade. O esquema de jogo era o sem sustos 4-4-2, com laterais fixos e meias que saiam jogando pelas laterais, e um ataque objetivo, com o pragmático Fabrício e o veloz Catitu.
Audax: PAULO; ROBERTINHO, MARQUINHOS, RAPHAEL e ADRIANO(RAFAEL FOSTER); ANDRÉ, HYURI, NÉLIO (AMON), LÉO INÁCIO e DENÍLSON; WELLINGTON. TÉC. MAURÍCIO BARBIERI. Time compacto, jogando num 4-5-1 fechado na defesa mesmo jogando em casa. O Audax foi buscar revelações de outros times em torneios anteriores e soube utilizar as subidas e as bolas paradas do Robertinho, lateral direito ex-Quissamã e America. O maestro Léo Inácio e o trombador Wellington foram também fundamentais na conquista da vaga. Os meias rápidos eram eficientes nos contra ataques surpreendendo os adversários.
Repare o time-base mantido de 2010, mesclado com o time-base que ascendeu das categorias de base.
Em termos de infraestrutura ambos contavam com o mínimo necessário, o Quissamã com apoio da prefeitura local e o Audax com o CT do Sendas. Além do mais o marketing funcionava razoavelmente e ambos tiveram aportes financeiros durante todo o torneio, ou da prefeitura e empresas locais (Quissamã), ou do supermercado Pão de Açúcar, que mesmo em ‘crise’ ainda ajudava o Audax.
Vimos como a manutenção de um time-base faz a diferença. Na próxima semana saberemos como foi o acesso de Cabofriense e Bonsucesso em 2013.
A partir de hoje (domingo 8 de fevereiro) passo a fazer uma análise dos últimos campeões e vice da série B. Começando por 2011 com Bonsucesso e Friburguense.
Reparei que a maioria desses times usou uma espécie de proporção áurea do acesso. Consciente ou não, boa parte deles usaram a mescla de juventude (sempre com laterais, pontas e meias de ligação recém promovidos da categoria de base de seu clube ou vindo de fora.
Outro fator que se mostrou claramente foi o treinador do nicho, acostumado com o certame.
COMO GANHAR UMA SEGUNDA DIVISÃO
Muito incomodado com a situação em que vive o meu time de coração, o America Football Club do Rio de Janeiro, passei a pesquisar os últimos times que conseguiram vencer o campeonato, ou pelo menos chegaram em segundo lugar.
Reparei que a maioria deles, de 2011 até 2014, conseguiu mesclar juventude com experiência, numa razão/proporção de 60/40 ou 70/30. Em geral com um treinador conhecedor do certame, comumente conhecido como subidor.
O que o America precisaria fazer para chegar lá (e não vem fazendo) é seguir esse modelo. Além disso, sem outras três necessidades devem ser supridas, como por exemplo, apaziguar as relações com a federação, trazer jogadores que já jogaram e se destacaram nas séries C e B (não servem os que foram reservas ou vieram da reserva de times de série A) e por último, e mais importante, pagar salários e premiações em dia, ou com pouco atraso.
Vale lembrar que o America é o único corpo estranho na série B, mas já vem se acostumando e até gostando dessa disputa, pois há menor cobrança e visibilidade, o que deixa os empresários e gerentes de futebol inescrupulosos à vontade para fazerem o que bem entendem.
Outro entrave para nosso clube é nosso marketing ambicioso demais pro tipo de competição que disputamos, fazendo com que tenhamos que recorrer a mecenas e mercenários de plantão. Se nosso marketing fosse mais atuante e humilde, teríamos patrocínios pulverizados pela camisa, como os tem a maioria dos times. Também poderíamos contar com o apoio da prefeitura local, caso não fossemos inimigos.
Em suma é isso, vamos as análises.
2011, BONSUCESSO E FRIBURGUENSE
Em 2011, os times do Bonsucesso e do Friburguense usaram a proporção áurea para o acesso. Como se costuma dizer no mundo boleiro cada jogador experiente e com boa técnica para um setor do time: defesa, meia cancha e ataque.
O campeão Bonsucesso, que já estava na série B há um bom tempo, veio amadurecendo seu acesso com campanhas boas, porém fracassando na reta final. Muito disso pela falta de experiência do time, formado por muitos jovens subindo da sua então razoável base, que fazia papéis inconsistentes na taça OPG e no carioca B de juniores, mas revelando bons valores.
O Friburguense acabara de cair, além disso vinha de uma tragédia local no mundo fora do futebol, com as enchentes que devastaram a cidade, eram duas calamidades a assolar o povo serrano, com isso o clube tomou como objetivo dar alegria para o povo de Nova Friburgo através do acesso. E conseguiram com louvor.
Os times base
Bonsucesso: JAIME; JADSON, PC e JORDAN; RONY, ALEX SASSÁ, THIAGO RAMOS, MARCO GOIANO e CLÉBER; JOÃO RODRIGO e JUNINHO. TÉC. MANOEL NETTO. O esquema de jogo variava de um 3-5-2 para um 4-4-2 ou 5-4-1 dependendo do adversário, coisa comum nos times do treinador Manoel Netto.
Friburguense: MARCOS; MARCELO, CADÃO, DIEGO GUERRA e FLAVINHO; BIDU, JORGE LUIZ, LUCAS e MARQUINHOS; ZAMBI e RICARDINHO. TÉC. GERSON ANDREOTTI. Time compacto, jogando num 4-4-2 ou 4-5-1, dependendo do fator casa/fora. A juventude mesclada a experiência fica evidente.
Como já sabemos, ambos os times contavam com apoio financeiro, o Cesso além do trabalho de marketing no local, buscando apoio de comércio e indústrias contava com alguns ilustres torcedores que doaram dinheiro na reta final. Já o Friburguense contou com apoio humilde da prefeitura e do marketing junto com a Stam, fábrica de cadeados que estampou (sem trocadilho) sua logomarca na bela camisa do serrano.
Outra coincidência foi nas cores dos clubes, o azul e o vermelho imperaram.
No próximo domingo analisaremos 2012, com Quissamã e Audax.
Após o vexame na série B de 2014, voltamos nossas atenções para a Copa Rio. Torneio que pode nos dar a vaga na série D nacional de 2015 e calendário para o ano todo.
Sempre prudente, não costumo me animar com times montados no America. Invariavelmente, são times montados por empresários mequetrefes. Porém, dessa vez o treinador Ailton Ferraz indicou jogadores e vem sendo assessorado pelo competente gerente de futebol José Reis.
Não me resta muitas alternativas a não ser torcer e acreditar que essa equipe possa conquistar a Copa Rio. Já vi times muito inferiores a esse ganharem o torneio.
E essa é anossa vez. Está na hora de conseguirmos levar essa copinha pela primeira vez em nossa história.
Caso a ganhemos, será o primeiro passo pra reerguer o clube.
Mas acreditarei só quando as coisas forem palpáveis e mensuráveis.
Eu no lugar do Ailton escalaria um falso 4-3-3, igual a Holanda fez nessa Copa de 2014.
Apesar de um esquema com quatro zagueiros plantados, o lateral esquerdo tinha liberdade pra sair.
Com três no meio de campo, sendo dois volantes e um meia de criação (Sneidjer no nosso caso seria o Leandro Chaves).
Para completar, três atacantes, sendo que os de lado de campo voltavam pra recompor o meio quando sem a bola (num 4-5-1 pra defender e 4-3-3 pra atacar).
Vi e revi várias vezes os jogos da Holanda e achei interessante o fato de darem a bola pro adversário (e com ela a responsabilidade) e sair sempre na boa, pra matar o jogo.
Saudações encarnadas.
Aqui vai meu time:
A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE (INCLUSIVE A MINHA)
Sempre fomos chegados a políticas internas mesquinhas que acabaram nos tornando pequenos...
Essa reportagem da Placar de 1973 mostra bem isso. Porém, no ano seguinte tivemos fôlego pra montar o melhor time que já vi com o manto rubro.
Era a virada de um ano terminado em 3, pra um com o final 4.
Vamos combinar que é essa frase é uma baita chatice. Remete ao passado, desdenha do presente e induz que não exste futuro. Não gosto de usar. E faço de tudo para passar batido por ela. Mas hoje abrirei uma exceção. Até porque sou do tempo em que o América não era apenas um clube simpático do Rio de Janeiro. Eu acompanhei de perto a época em que o Mequinha gerava medo e respeito a quem o enfrentava. O primeiro América que vi era o de 1974, campeão da Taça GB. O Vasco acabara de ganhar o Brasileiro numa quarta-feira e foi estrear no Carioca no domingo seguinte contra o América. Tomou de 4 a 1 daquela estranha equipe que, coincidentemente, apresentava 8 titulares barbudos ou bigodudos. Era a geração de Rogério, Orlando, Alex, Geraldo e Alvaro; Ivo, Bráulio e Edu; Flecha, Luisinho e Gilson Nunes.
No meu primeiro ano como jornalista, 1986, virei setorista do Jornal do Brasil no América. O clube tinha peso, tanto que reporteres cobriam o seu dia-a-dia. Ainda com Luisinho no ataque, terminou em terceiro lugar, eliminado pelo forte São Paulo, de Careca, nas semifinais.
Vi como torcedor e repórter o América que era grande. Agora, como comentarista, acompanho um América que é digno de pena. Que toma de 9 a 0 do Vasco, deixando envergonhados, entristecidos os poucos torcedores que ainda mantém a paixão intacta pela camisa vermelha. Sinto um vazio vendo o ocaso de um clube que marcou minha infância e o início da minha vida profissional. Não quero que encerre o futebol. Não quero que suma. Apenas desejo e torço para que volte. Pode não ser tão forte quanto antes. Mas seria bom demais ver o América de verdade, digno, competitivo e solidário.
Como o torcedor do Vasco começa a ter o seu clube de volta. Dois jogos (Americano e América), duas vitórias, 12 gols. A exibição contra o América foi tão convincente quando foi indecente a do adversário. Mas é claro que com o sereno Ricardo Gomes muita coisa mudou. Há alegria no grupo. Vontade entre os jogadores. Desejo de vencer. Por que não era assim com Paulo Cesar Gusmão? Quem sabe um dia algum resquício de verdade seja assumido por alguém? Até porque o pior início de Estadual da história do Vasco merecia uma explicação mais densa do que meros clichês. O fato é que o Vasco parece ter renascido (ou decidido finalmente sair do seu auto-estado de prostração). Agora é torcer para que o América faça o mesmo. Os cariocas deveriam abrir uma campanha, tão simpática quanto a história do clube: “Eu quero o nosso Ameriquinha de volta”. Faça parte desse movimento.
Já nos acréscimos, Ivo chutou e a bola furou a rede. Foi o gol da vitória do América sobre o Bangu, num jogo no início dos anos 70, em Moça Bonita. O estádio estava cheio – talvez umas dez mil pessoas – e o América precisava vencer para continuar com chances de chegar ao título do Carioca. Na hora do gol, alguns torcedores eufóricos arrebentaram parte do alambrado do estádio e invadiram o campo para abraçar o Ivo, o Ivo Wortmann. Meu primo, Fábio, então com 10, 11 anos, foi um deles. Meus dois irmãos também quiseram segui-lo e eu fui contido pelo meu pai. A polícia chegou e o tumulto aumentou. O jogo acabou, o Ivo pediu calma aos policiais e ninguém apanhou. Foi uma tarde-noite de alegria lá em casa. Uma vitória conquistada com heroísmo, perseverança, amor à camisa, por um grupo vencedor – o time do América era formado por Ivo, Orlando, Álvaro, Bráulio, Flecha, Luisinho. Eu, ainda criança, via ali a primeira vitória marcante do meu clube de coração. E sobre um Bangu forte, poderoso e, em casa, quase imbatível.
Minha mãe comprou três camisas brancas e costurou o escudo vermelho em cada uma delas, com as letras AFC. Passou a ser o meu uniforme oficial e o dos meus irmãos nos dias de jogos do América. Freqüentávamos o Maracanã para ver nosso clube passar fácil por Bonsucesso, São Cristovão, Olaria, Campo Grande. O América sempre vencia, às vezes de goleada. Meu primo estava entre o América e o Flamengo e parece que a divisão dele continua até hoje. Ele foi repreendido pelo meu pai naquela tarde-noite calorenta em Bangu pela invasão de campo em Moça Bonita – “Rapaz, a polícia podia ter batido em você, podia ter te machucado, e o que eu ia dizer pro seus pais?” Envergonhado, meu primo passou a recusar nossos convites para ver outros jogos.
Em 1974, o América conquistou a Taça Guanabara com um gol de Orlando, em jogo com o Fluminense. Minha família estava numa colônia de férias, perto de Resende, e eu vi o gol do título pela TV. Meu pai me chamou lá no quarto para não deixar de ver o gol. Só havia um aparelho de TV na colônia, hoje um hotel-fazenda. Ficava no restaurante. Eu corri e deu tempo de ver o gol. Fiquei feliz, muito feliz, claro. Em 1975, o Fluminense deu o troco e com um gol de Rivellino levou a Taça Guanabara para as Laranjeiras. Eu de novo vi o gol pela TV. Chorei. E foi a primeira vez que chorei por causa de futebol, por causa do América.
Já adolescente, passei a freqüentar a sede do clube, na Tijuca. Fiz muitas amizades lá. E passei a fazer parte de todas as torcidas organizadas do América – eram quatro, cinco, seis, não mais do que isso. Em dias de jogos, eu pegava nas casas lotéricas centenas de bilhetes da semana anterior, cujo destino era o lixo, e fazia daqueles volantes de loteria esportiva papel picado. Cortava e juntava bolinhos de 100, 200, 300 papeizinhos. Uma vez, fui sozinho de ônibus, numa quarta-feira chuvosa, para Ítalo del Cima ver América e Campo Grande, um jogo que não valia nada. Não falei para meus pais. Voltar quase de madrugada lá da zona oeste sozinho seria perigoso. O América empatou, mas eu joguei os papéis de loteria para o alto duas vezes: na entrada do time em campo e na hora do gol de empate (o jogo terminuou 1 a 1). Na volta, peguei carona e resfriado.
São tantas histórias, dezenas, centenas … Em 1982, gritei “é campeão” duas vezes. Com o título da Taça Rio e o do Torneio dos Campeões. Estava nas duas vezes no Maracanã com meu pai e com um vizinho, velhinho, Seu Orlando, americano convicto, e que todo dia de manhã, quando ia à padaria e passava em frente de nossa casa, em Cascadura, gritava “Amééérica!” Era sempre por volta das 6h30, 6h45. Parecia um despertador. A gente achava graça. Seu Orlando morreu pouco depois. Foram duas grandes festas na sede da Rua Campos Sales os títulos da Taça Rio (4 a 2 sobre o Fluminense) e da Taça dos Campeões (2 a 1 sobre o Guarani). A essa altura, eu já tinha uma coleção de camisas do América.
Vivi com alegria também a campanha do Brasileiro de 1986, em que o América chegou à semifinal e perdeu para o timaço do São Paulo, no Morumbi, por 1 a 0. Eu estava no Maracanã lotado que gritou “Sangue!” o tempo todo no outro jogo (1 a 1). Depois disso, o clube passou por anos complicados, que se arrastam até hoje (e agora agravados com a queda para a Segunda Divisão do Rio). Melhorou com a construção do estádio em Edson Passos e a partir de 2000 voltou a dar algumas alegrias, com vitórias seguidas sobre Flamengo, principalmente, e os outros mais fortes do Rio. Em 2004, o América fez 100 anos. Meu pai queria pela primeira vez ir à festa de hasteamento da bandeira do clube, no glorioso dia do centenário de fundação. “Desta vez, vamos, eu sempre quis ir lá e nunca fui.” Foi o que ele me disse. Ficamos de ir juntos. Estava tudo combinado. Dias antes, ele morreu num acidente de automóvel, no Rio.
Muita gente costuma criar fantasias para lidar com alegrias, tristezas, as coisas boas e ruins do dia a dia. Em 2006, o América chegava à final da Taça Guanabara com o Botafogo e eu avancei na imaginação fantasiosa de que meu pai, lá de cima, em outra esfera, ainda atento ao mundo das paixões, estava diretamente ligado à presença do América na decisão. Ele teria manobrado de alguma maneira o espaço dos espíritos a favor do América. Tudo isso para dar alegria aos filhos e à minha mãe. Eu comecei a pensar assim. Ele, claro, com a ajuda do Jorginho, um técnico iniciante e vitorioso, estava por trás daquilo: o América voltava a uma decisão depois de duas décadas. Como era possível? Sem dinheiro, sem patrocínio, sem craques, com um número cada vez mais reduzido de torcedores…
Desisti de associar meu pai (figura querida e amada) àquela decisão depois que o árbitro (nem quero citar seu nome) estragou tudo, com uma atuação descabida, em que prejudicou demais o América. Como em 2004 não pude ir à festa de aniversário do clube, não perdi a oportunidade de levar minha mãe em setembro de 2007 à sede da Rua Campos Sales para ver o hasteamento da bandeira vermelha e branca e cantar os hinos nacional e o composto por Lamartine Babo. O América disputava a Série C do Brasileiro, vinha bem e com chances de chegar à Série B. Não deu, mas a boa campanha levou bastante gente ao Estádio Giulite Coutinho. Crianças e adolescentes cantaram o hino do América durante meses em 2007. Foram vários jogos em casa, muitas vitórias e algo impressionante: a renovação, ainda que lenta, de uma parcela considerável da torcida.
Chegamos a 2008 e eu vi pela TV o meu América ser rebaixado para a Segunda Divisão do Carioca. Perplexo e desolado, sem agora a companhia de meu pai, fui para o quarto e não quis mais sair de lá. O coração pulava, a cabeça rodava, eu via o Ivo furando a rede de Moça Bonita, via os cassetetes dos policiais que perseguiam meu primo. Ainda assim, não perdi o controle. Em 48 horas já havia me restabelecido. E sinto agora uma nova força – fantasiosa, não sei. Uma força que me faz crer na redenção do América. Meu clube vai se recuperar, vai dar a volta por cima, vai ser grande de novo. Vai voltar a empolgar crianças e velhinhos. Mas de onde vem isso? Por que essa certeza? No íntimo, acho que quem me diz isso está em outra esfera, com uma percepção mais clara do futuro e com uma vontade irresistível de ver o América dar alegria aos que torcem pelo clube por sua influência.
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UM DIA FOMOS A BASE DA SELEÇÃO BRASILEIRA EM 1956...
Os anos 50 foram mágicos pro America. Além de termos uma das melhores equipes do Brasil e do mundo, ainda tínhamos uma torcida muito maior do que a do Botafogo.
A expectativa em torno do amistoso programado para o lançamento da pedra fundamental do monumento as conquistas do futebol uruguaio nos campeonatos olímpicos e mundiais.
A tarefa parecia banal. Afinal, o Penarol era base da seleção uruguaia, com sete dos jogadores que haviam ganho o mundial de 1950 em pleno maracanã: Maspoli. Gonzalez. Obdulio Varella. Miguez. Vidal. Gigghia e Schiaffino, os dois últimos os autores dos gols da vitória de 2×1 sobre o Brasil, no trágico 16 de julho.
E o América era algo próximo de um “sparring”, um time que consideravam de bom nível, mas que poderia, seguindo um raciocínio que julgavam lógico, ser derrotado sem muitos problemas, para que a festa pelo primeiro aniversário do campeonato mundial pudesse ser completa.
Walter Mesquita, único jornalista brasileiro presente ao Estádio centenário naquele belo domingo de 18 de julho de 1951, destacou mais tarde nas páginas do extinto “Correio da Manhã” que a idéia, na prática, era provar, mais uma vez, a superioridade do futebol deles sobre o nosso. Mas o tiro saiu pela culatra.
O América cumpriu uma exibição de gala e venceu o Penarol por 3×1. Um feito tão extraordinário que é suficiente para homenagear os cem anos do clube carioca.
A delegação do América foi chefiada por Raul Martins Ribeiro Junior. Além dos titulares, viajaram os jogadores Jorginho, Cláudio, Miguel, Godofredo, Lopes e Hilton Viana. O tesoureiro foi Nilson Delduque e o massagista Olavo de Morais. O presidente era Fábio Horta de Araújo. O curioso é que o América, naquele ano de 1951, obteve um modesto sexto lugar no campeonato carioca, ganho pelo Fluminense.
Em pé: Joel, Osni, Osmar, Rubens, Osvaldinho e Ivan. Agachados: Walter, Maneco, Dimas, Ranulfo e Natalino.
PEÑAROL (URU) 1 X 3 AMÉRICA (RJ)
Data: 18/06/1951
Amistoso Internacional
Local: Estádio Centenário / Montevidéu.
Árbitro: Mr. Devine (Inglês)
Gols: Miguez; Ivan, Maneco e Nivaldinho
AMÉRICA: Osni; Joel e Osmar; Rubens, Osvaldinho e Ivan; Valter, Maneco, Dimas, Ranulfo e Nivaldino.
PEÑAROL: Pereira Natero (Maspoli); Davione e Romero; Gonzalez, Obdullio Varella e Etchegoyen; Gigghia, Hoberg, Miguez, Schiaffino e Villamide (Vidal).
No dia 18 de junho de 1951, o Estádio Centenário no Uruguai, lotou para ver o Peñarol, tendo em seu elenco 8 jogadores que foram campeões mundial.
Para comemorar o aniversário do feito uruguaio, prepararam uma grande festa e convidaram o America para enfrentar a base da Seleção do Uruguai, contando como certa, a vitória. Mas ocorreu o que eles não haviam previsto.
Os jogadores americanos se desdobram em campo e vencem por 3x1.
Não foi somente uma vitória do America sobre o Uruguai; teve um sabor de vingança para os brasileiros, depois da perda do Mundial em 1950, no Maracanã.
Esse episódio ficou marcado na História do Futebol Brasileiro como um dos feitos mais gloriosos do America Football Club.
Em 1954 e 1955 fomos vice Carioca, com direito a roubalheira contra o Urubu na final.
Em 1954 ganhamos o Torneio Quadrangular Imprensa Peruana, em Lima.
Vencemos o Universitário por 3x1, o Allianza por 4x1 e o Santos (campeão paulista), por 2x1.
Terminamos em 5º lugar no Campeonato Carioca de 1956, mas fomos convidados a ser a base da Seleção Canarinho.
Nesse ano o America foi a base da Seleção Brasileira para disputar as taças Oswaldo Cruz, no Paraguai e a Taça Atlântico na Argentina.
TAÇA OSWALDO CRUZ Confronto particular entre Brasil e Paraguai disputado entre as décadas de 50 e 60.
Foram sete edições, com duas partidas cada.
A Seleção Brasileira, que ficou com todos os títulos disputados,venceu treze jogos e perdeu apenas um,o último, em 1968.
O nome do torneio era uma homenagem ao médico sanitarista brasileiro que erradicou a febre amarela e a varíola do Rio de Janeiro no começo do século XX.
A Taça do Atlântico 1956 foi a 1ª edição da competição sul-americana, que teve como organizadores a Argentina, Brasil e Uruguai.
Nesta competição, o Brasil foi o campeão.
A disputa tinha como objetivo fortalecer a competição entre os países que possuíam o melhor futebol do continente.
Campanha do Mecão Seleção:
12/06/1956 Brasil 2 x 0 Paraguai Taça Oswaldo Cruz Assunção/PAR
17/06/1956 Brasil 5 x 2 Paraguai Taça Oswaldo Cruz Assunção/PAR
24/06/1956 Brasil 2 x 0 Uruguai Copa do Atlântico Rio de Janeiro/BRA
01/07/1956 Brasil 2 x 0 Itália Amistoso Rio de Janeiro/BRA
08/07/1956 Brasil 0 x 0 Argentina Copa do Atlântico Buenos Aires/ARG
Jogo 201 – Jogo Oficial
Paraguai 0 x 2 Brasil
Ficha Técnica da Partida
● Competição: 3ª Copa Oswaldo Cruz – Primeiro Jogo ● Data: Terça-Feira, 12 de Junho de 1956 ● Local: Estádio do Club Libertad (em Assunção, no Paraguai) ● Público: Sem Registro ● Árbitro: Alberto da Gama Malcher (Brasil) ● Auxiliar 1: Sem Registro ● Auxiliar 2: Sem Registro ● Cartões Amarelos: Na Época Ainda Não Existia ● Expulsão: Não Houve
Gols do Paraguai
Gols do Brasil
Ferreira
Ferreira
Paraguai (Paraguay)
Clube
● (Go) Aníbal SALDIVAR; ● (Df) Robusttiano MACIEL e ● (Df) Darío SEGOVIA; ● (Mc) Salvador VILLALBA, ● (Mc) Albino RICARDO (Leguizamon) e ● (Mc) Ireneo HERMOSILLA; ● (At) Joel CABRERA, ● (At) Oppe QUIÑONES (Henrique Jara Saguier), ● (At) Máximo “Chimo” ROLÓN, ● (At) Juan Ángel ROMERO (Dario Jara Saguier) ● (At) Juan León CAÑETE.
● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube)
● (Canto do Rio Foot-Ball Club/RJ) ● (Portuguesa de Desportos/RJ) ● (América Futebol Clube/RJ) ● (Bangu Atlético Clube/RJ) ● (América Futebol Clube/RJ) ● (Bangu Atlético Clube/RJ) ● (SantosFutebol Clube/SP) ● (América Futebol Clube/RJ) ● (América Futebol Clube/RJ) ● (América Futebol Clube/RJ) ● (América Futebol Clube/RJ)
● Competição: 3ª Copa Oswaldo Cruz – Segundo Jogo ● Data: Domingo, 17 de Junho de 1956 ● Local: Estádio do Club Libertad (em Assunção, no Paraguai) ● Público: Sem Registro ● Árbitro: Bruno Viñales (Paraguai) ● Auxiliar 1: Sem Registro ● Auxiliar 2: Sem Registro ● Cartões Amarelos: Na Época Ainda Não Existia ● Expulsão: Não Houve
Gols do Paraguai
Gols do Brasil
Máximo Rolón
Leônidas
Dario Jara Saguier
Zizinho
Zizinho
Ferreira
Ílton Vaccari
Paraguai (Paraguay)
Clube
● (Go) Aníbal SALDIVAR; ● (Df) Robusttiano MACIEL e ● (Df) Darío SEGOVIA (Martínez); ● (Mc) Salvador VILLALBA, ● (Mc) Albino RICARDO e ● (Mc) Eligio ECHAGUE; ● (At) José Domingo VILLALBA, ● (At) Oppe QUIÑONES (Insfrán), ● (At) Máximo “Chimo” ROLÓN, ● (At) Dario Jara Saguier (Domínguez) e ● (At) Juan León CAÑETE.
● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube) ● (Sem Registro de Clube)
● (Canto do Rio Foot-Ball Club/RJ) ● (Portuguesa de Desportos/RJ) ● (América Futebol Clube/RJ) ● (Bangu Atlético Clube/RJ) ● (América Futebol Clube/RJ) ● (Bangu Atlético Clube/RJ) ● (SantosFutebol Clube/SP) ● (América Futebol Clube/RJ) ● (América Futebol Clube/RJ) ● (América Futebol Clube/RJ) ● (América Futebol Clube/RJ)
PRA RECUPERAR O FUTEBOL PROFISSIONAL, POR QUE NÃO O RESGATADOR DOS NOSSOS JUNIORES???
Bem, galera...
Estava aqui pensando cá com meus botões.
O trabalho deste ano até que começou razoavelmente bem, com o Miguel Angelo se aproximando da torcida e apresentando um projeto bastante pé no chão.
Mas aí, o Sadim se meteu, e onde ele toca, vira a maior merda. Veio a Chap e com ela um monte de jogador ruins, com exceção de Jougle e Allan. Veio a falta de pagamentos e por fim, o fracasso, que o Sadim tanto ama.
Mesmo quando as coisas estavam indo bem, alguns detalhes não eram dos melhores, como por exemplo o Duilio como treinador. Um treinador que tem se mostrado fraco e sem controle dos grupos em que trabalhou (foi assim também no Rio Branco).
Eu, no lugar de quem manda no futebol do clube, começaria a planejar e reformular já agora. Contratando um treinador decente e que saiba extrair o máximo da nossa base de ex-juniores e juniores, que será a roupa que iremos ano que vem pra batalha. Lembrando que não teremos dinheiro algum pra pagar salários e que poucos são os treinadores que trabalham sob estas condições.
Só dois treinadores estão capacitados pra essa tarefa e que conhecem o America da base ao profissional, além de terem bom relacionamento com a torcida (são treinadores amigos), e esses são: Hugo Sales e Lucho Nizzo. Ambos pensam primeiro em fazer um bom trabalho e depois sim conseguir alavancar financeiramente.
Pra maioria da torcida deveriam vir os dois (aí seria covardia!!!).
Soube que o Lucho foi sondado pelo Goytacaz e já se acertou por lá (segundo o site Papo Esportivo) e que o Hugo tem propostas do Norte e Nordeste, mas quer vir pro America mesmo sabendo que trabalhará de graça.
Eu, particularmente falando, gostei demais do trabalho do Hugo Sales com nossos juniores e no antigo ANR fiz campanha pra que ele fosse efetivado como treinador do profissional. Lembro que até debocharam de mim e adoraram quando o Roy veio. Fui um dos primeiros a identificar a real intenção do Roy e mostrar que o time dele era inadequado pra disputa em questão.
Bem, não gostaria que o America desperdiçasse mais uma chance de contar com um excelente profissional que tem tudo pra fazer um excelente trabalho de transição da base pro profissional com nosso guris.
Por isso peço, tragam o Hugo Sales já agora pra começar a semeadura.
Saudações encarnadas.
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O ESMAECIMENTO DO AMERICA
Estamos perdendo importância no cenário esportivo. A maior prova disso é que hoje não somos de nenhuma divisão nacional e agonizamos na segundona local. Ora, isso não é novidade pra ninguém do grupo.
O que pra mim é novidade é saber que clubes sem a menor estrutura começam a fazer a receita do bolo e nós não. Exemplo disso é o Ceres, que já está dando a devida atenção pra sua base. Claro que dentro das suas possibilidades e carências.
Recentemente, eu, o Robson Sobrinho e o Sergio Moreira, indicamos alguns jogadores pra fazerem testes no America e após isso ouvi deles (não foi lido no face) que havia um esquema pros guris de uma certa pessoa fazerem os testes só de encenação pois já estariam aprovados.
Tanto foi, que um desses meninos privilegiados esqueceu de dizer a senha e foi reprovado, depois lembrou e falou a mando de quem estava indo fazer o teste e foi alçado ao grupo dos aprovados. Se é verdade deles ou não eu nem discuto. O fato já passou e a vida continua.
Só que desses meninos (foram 6 ao todo, 5 que mandei recentemente e um que era meu conhecido de longa data e sempre foi bom de bola, que foi treinar no America no futsal com 9 anos, hoje deve estar com idade pro júnior) dois estão no Ceres; um voltou a trabalhar numa pousada (o sonho acabou); dois voltaram ao meu time de pelada e continuaram arrebentando e irão fazer teste no Bangu; e um deles está no Audax.
Esse que foi pro Audax, a mãe dele é torcedora do America e minha aluna no Ensino Médio, cansou de levar o menino pro clube pra treinar, desde o futsal até o futebol de campo. Ela conhece e elogia muito o Osvaldo F. de Carvalho e comentou as dificuldades vividas nos dias de treinos e jogos do infantil e juvenil do clube. Muito a contra-gosto ela o tirou do America.
Hoje no Audax ele tem plano de saúde, riocard, café da manhã, almoço, lanche e psicólogo. Não sei se ele já está nos juniores, mas pelo tempo, desde que o indiquei pro America até hoje, deve ir em 2014.
Pelas qualidades do menino, não demorará muito e o Audax estará colocando mais alguns milhões em seus cofres, claro que merecidamente, devido a estrutura que oferece dentro e fora das quatro linhas aos guris.
Mas fico pensando...
Por que não entrar nos nossos cofres???
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E NÃO É QUE DEU A LÓGICA?!?!?
Bastou a gente se ferrar, como de costume, pra começarem a campanha de volta Romario. Um cara que nos usou pra limpar seu carma e se eleger deputado e que depois disso nos deixou ao deus dará.
Um cara que desmontou um time bom, que seria campeão da Série D e da Copa Rio facilmente e depois só montou times tão ruins, ou até piores que esse último America que vimos jogar no domingo passado.
Tem gente que é torcedor do Romario Futebol Clube. Eu torço só pro America, ou melhor sofro só pelo America. Em todas as outras áreas da minha vida não existe sofrimento. Só no que tange ao America é que tenho decepção atrás de decepção, a ponto de hoje não me ferir mais com as coisas do America.
Sabia e disse aqui que montaríamos um time bom pra Série B e que estaríamos entre os cinco melhores. Acertei em cheio.
Disse, e muitos lembram, que pra subir precisa não só montar um time compatível com o torneio, como pagar em dia e o principal, apaziguar a fuderação.
Enquanto pagávamos em dia e dávamos bichos gordos por vitórias até nos juniores os resultados vieram. Goleadas estrondosas tanto no profissional como na base. Mas aí o péssimo planejamento da Chap fez a grana ir de ralo abaixo...
Perdemos uma semifinal de turno de maneira estranha. Jogando pra frente demais quando o empate era nosso (e olha que o Duilio é um retranqueiro que jogou atrás até contra o Tigres e o Ceres) e tomando dois gols em contra ataques. Depois ficou claro o corpo mole da maioria dos jogadores em todo o returno.
Salvo desse desastre algumas peças. O Allan que enquanto estava inteiro jogou muito e desequilibrava os jogos. O Fabio Noronha pelas defesas e pela liderança positiva. O incansável Beto, que compensa a falta de habilidade com garra e pulmão. E por um jogo ou outro os aproveitáveis Jefinho, Jougle e Daniel.
Não sou a favor de desmontar tudo e jogar tudo fora. O trabalho estava vindo bem até a Chap chegar. Estávamos com os pés no chão no futebol, ou seja, reconhecendo nosso estado microbiológico. O Major Miguel Angelo se aproximou da torcida e estava montando um elenco barato e bom pro nível da competição.
Esse elenco seria capaz de levar o America a primeira divisão? Não, não seria, mas o da Chap também não levou. E o do Roy ano passado era infinitamente mais caro e fez papelão ainda pior.
De todos o que mais deixou a desejar foi o treinador Duilio, não conseguir montar o time e dar padrão de jogo em um ano de trabalho. Mas o erro foi a demissão do Lucho Nizzo no meio da Copa Rio de 2012, onde estávamos com um time iniciando o trabalho e os jogadores se identificando com o America.
Durante o fim da série B de 2012, os últimos jogos, o Lucho já vinha dando mostra de sua capacidade. Foram 5 jogos, onde ele perdeu só um e jogando fora de casa e numa partida muito igual com o Goytacaz. Se não fosse essa derrota estaríamos na fase decisiva. Melhor ainda, se não demorassem tanto pra demitir o Roy e não inventassem Elói e etc. a gente estaria na fase final.
Mas subiríamos? Não, pois a FFERJ não foi apaziguada.
NA Copa Rio, nosso time jogou de igual pra igual com o campeão (Nova Iguaçu) e o vice (Bangu), que eram do nosso grupo. Isso significa que teríamos totais condições de decidir o torneio.
Que a lição seja aprendida:
Não se ganha nada montando e desmontando elencos inteiros;
Não se ganha nada sem aproveitar no time titular os destaques do time de base;
Não se ganha nada dando cargos importantes pra amiguinhos incompetentes;
Não se ganha nada mudando um treinador que vem fazendo boa campanha e colocando em seu lugar outro que jamais ganhou um par ou ímpar sequer;
Não se ganha quando se insiste em um treinador fraco mesmo após uma derrota acachapante em casa numa semifinal onde o resultado inicial era nosso.
Estava pensando no nosso time esses dias e percebi que não temos nenhum campeão da série B júnior como titular este ano.
Analisando bem identificamos a nossa maior carência: formar jogador bom e barato em casa. Coisa que levou o Flamengo a ser mundialmente conhecido na década de 70 e 80 com uma equipe toda formada em casa. Quem não se lembra: Cantarelli; Leandro, Rondinelli, Mozer (Figueiredo) e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Anselmo e Júlio César. Claro que tinha Raul, Toninho, Carpegiani, Claudio Adão e Nunes que eram de fora, mas a base era toda da casa.
O que precisamos é levar mais a sério a categoria de base. Esses jogadores impostos por 'empresários' que ficam embarrigando o America não jogam nada e já vêm 'presos' com eles. Aí, me vem um diretor da base e faz propaganda enganosa da qualidade do serviço prestado, quando na verdade tudo isso não passa de uma ação entre amigos. Quando esse jogadores saem, o clube recebe nada ou quase nada.
Sempre peço pros meninos bons de bola que conheço tentar ir pro America. Recentemente eu e o Serjão enviamos um grupo de meninos que observo aqui na Zona Oeste nos torneios locais irem fazer o teste no clube tivemos um amigo que pagou as custas para os meninos treinarem (30 reais por cabeça) e mesmo alguns se destacando, foram todos dispensados pois não eram de um 'talzinho' que hoje indica jogador.
Não sou empresário e não levo um centavo nessas indicações, só queria ajudar meu clube de coração, mas já vi que isso é impossível. A solução: indiquei-os pro Ceres. Repararão que os juniores do Ceres deixaram de ser saco de pancadas e endureceram um jogo contra nós, sendo preciso um pênalti maroto pra ganharmos deles?
Peço que analisem a campanha do Ceres nos juniores nos últimos 3 anos. Vejam como eles vêm evoluindo. Aqui eles aceitam os guris de qualquer um e se for bom fica. Claro, qual empresário vai querer mandar jogador pra um clube invisível, né mesmo?
Ano que vem creio que o Ceres fará campanha tão boa quanto a da nossa base. E isso revelará que o nosso modelo está muito errado.
A solução é investir de maneira séria na base e tendo observadores espalhados pra termos sempre novos talentos surgindo e gerando renda pro clube.
O QUE FOI QUE FIZERAM COM A NOSSA PAIXÃO??? - EPISÓDIO 2 (06/06/2013)
Hoje nós somos nada.
Somos nada sim, a começar por mim.
A culpa é e sempre será da torcida americana sim. Explico:
Quem vem comandando o clube durante todos esses anos e décadas são torcedores de arquibancada e abnegados.
Eles são apaixonados pelo America até o momento em que se tornam 'alguéns' dentro do clube. Então, é culpa de torcedor.
Quem compõe o conselho deliberativo são torcedores, muitos de arquibancada e abnegados que se 'sacrificam'.
Eles são apaixonados pelo America até o momento em que se tornam 'alguéns' dentro do clube. Então, é culpa de torcedor.
Quando pedimos que a torcida encampe um projeto para tentarmos a salvação do clube, o que se vê por todos os lados é desconfiança, deboche e, por vezes, agressões. Alguns dizem não crer no projeto e preferem um mecenas, como o Romário.
Eles são apaixonados pelo America até o momento em que são chamados à luta, então se amoitam em alguma trincheira e isso é só desculpa para não entrarem de verdade na guerra, pois não querem se 'machucar'. Então, é culpa de torcedo.
Muitos querem ver o circo pegando fogo, e quando são chamados para ajudar a apagar incêndios, usam gasolina em vez de água. São, ou foram 'alguéns' algum dia no America e só acham que o clube terá jeito apenas pelas suas mãos ou de seu grupos. Eles são apaixonados pelo America até o dado momento em que são ou se tornam 'alguéns' dentro do clube.
Então, é culpa de torcedor.
Concluo que nós 'torcedores' realmente somos os culpados.
Por fazermos parte da derrocada do America, ou então por simplesmente nos omitirmos quando o clube pediu socorro.
Eu assumo.
Mea culpa, minha máxima culpa.
E você? Assume ou vai fingir que é inocente?
Saudações encarnadas.
(*) TEXTO BASEADO NA CRÔNICA DO TORCEDOR LUIZ FERNANDES, AO SITE NOVO AMERICA NA REDE DO PAULO ANR.
Começamos muito bem a Série B de 2013, com duas vitórias pelo placar mínimo contra o Mesquita (em casa) e sobre a Cabofriense (fora). Esses resultados são frutos de um bom trabalho do nosso treinador Duílio que montou um time bastante sólido na defesa e que apesar de fraco no ataque sabe aproveitar a oportunidade quando esta aparece.
A parceria com a Chap, ao que tudo indica, vem dando certo: acabaram-se as reclamações acerca de salários e os jogadores estão gozando de certo 'conforto' extra-campo que até pouco tempo era impensável. Não que esse grupo precise de mimo, pois se trata de jogadores com perfil adequado à disputa de uma segundona.
Não devemos nos esquecer que muito do bom momento que vive a torcida e o time se deu com a vinda do Major Miguel Angelo ao America.
Chegou em uma hora em que estávamos muito chateados com a eliminação precoce na Série B do ano passado com aquele time milionário (que parece a Patofriense) e implantou uma filosofia no clube de futebol de resultados mínimos, porém consistentes. Na Copa Rio com um time barato não fizemos feio, apesar de não passar de fase (os que passaram fizeram a final).
E a reaproximação com a torcida tirou o rótulo arrogante de 'elite tijucana' dos que fazem o futebol no clube. Creio que mesmo sem a Chap, com o dinheiro exíguo, mas com comprometimento que esse grupo demonstra os resultados até aqui seriam o mesmo.
O time inicial: Espindula; Clayton, Ronzei, Roni e Da Costa; Beto, Leo, Jefinho, Igor e Cazuza; Victor Moraes, conseguiria esses mesmo resultados, pois venceram de Audax e Madureira e empataram com o Volta Redonda. Mas também dou crédito à Chap. Continuamos no caminho certo, só falta a oferenda à deusa Ferj.
A lamentar apenas a contusão do nosso Xerifão Bruno Ronzei. Mas torceremos pelo pronto reestabelecimento do nosso guerreiro.
Saudações encarnadas.
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Gerardo Amaral
12:12 (20 minutos atrás)
para destinatários desconhecidos
Caros americanos,
mais uma vez, iniciamos a temporada sem nenhuma perspectiva.
Pelos comentários que leio e pelos nomes do elenco americano para disputa dessa vergonhosa segunda divisão, tudo leva a crer que nossas chances de voltar à primeira divisão são muito pequenas.
É humilhante para um Clube com a nossa tradição e a nossa história, entrar em um campeonato de segunda divisão sendo considerado uma "zebra". Nossos "grandes" adversários serão clubes da estirpe de Juventus, Imperial, Paduano, Angra dos Reis, Artsul, Sampaio Correa, Rio Branco etc.
É a vergonha, assumindo de maneira definitiva, um papel importante na vida de nosso Clube nas duas últimas décadas.
Clube que já conquistou 7 títulos estaduais e teve jogadores como Edu, Canário, Alarcon, Djalma Dias, Flecha, Ivo, Moreno, Alex, Leônidas, Ivan, Antunes, Eduardo, Pompéia, Ary, Jorge, Bráulio, Luisinho, Orlando, Geraldo e uma centena de outros grandes jogadores, vários deles com passagens pela Seleção Brasileira entre os anos 50 e 80.
O que vemos é a total "imobilidade administrativa". Os mesmos "dirigentes" alternando-se no poder, com suas pífias administrações e, alguns deles, deixando muitas dúvidas sobre a lisura de tais administrações.
Os "assessores" da Presidência, são os mesmos há anos. Entra diretoria, sai diretoria, repetem-se quase todos os nomes dos "aspones" de sempre. Não vivem para o Clube. Vivem do Clube.
Recebi outro dia, telefonema de um apaixonado torcedor americano. Conversamos um bom tempo sobre a situação caótica do Clube, onde dirigentes nada inovam e repetem o "modelo fracassado" dos últimos anos.
Quando vejo empresários colocando uma fortuna em times de vôlei, fortuna essa que daria para entrarmos nesse campeonato de "quinta" categoria com um elenco mais qualificado, pergunto se alguém da diretoria buscou novas parcerias, novos investidores.
Se alguém da diretoria, procurou entender o custo X benefício do estádio Giulite Coutinho ou de nossa paquidérmica Sede em Campos Sales, para deleite de meia dúzia de associados.
No entanto, acho que é pedir demais. Os néscios não conseguem enxergar um passo a frente. Tratam nosso Clube da maneira mais amadora e improdutiva possível.
Daqui uns dias, começarão a pedir à torcida (se é que ainda temos) que compareçam aos estádios para apoiar o "time".
Ninguém vai assistir um filme ou peça de teatro de baixa qualidade. Porque iria a um estádio assistir um arremedo de jogadores que representam uma camisa que já foi o orgulho de mais de 7% dos cariocas nos anos 60 e hoje não atinge 1% da população do Rio de Janeiro?
Pobre America do meu coração, hoje tão entristecido pela situação que você vive.
ALGO COMUM NO FUTEBOL DO BAIXO ESCALÃO: PARCERIA 'CARACU'
(11/01/2013)
Acompanhei trabalhos parecidos com o dessa parceria que estaria vindo pro America. Em todos,o resultado foi bom mas não o suficiente pra estabilizar o clube. Mas o certo é que elas crescem e o clube fica estacionado.
O Campusca em 2008 com uma parceria com um grupo de ‘empresários’ capitaneado pelo Valdir Bigode (a cara do grupo, como deve ser o Ronald) conseguiu voltar a série B.
O grupo do Bigode saiu e foi pro ADI, onde não logrou êxito.
Recentemente ocorreu isso no São Gonçalo, com o Felipe Tigrão de frente. A coisa não fluiu e sairam na fase quartas de final na série C.
Essas duas são parecidas com a que estaria vindo pro America?
O Bigode conseguiu fazer grana com jogadores e não o vi mais em nenhum dos times da série C daqui.
O São Gonçalo renovou com o parceiro pra série C.
E tem outras parcerias em que um empresário assume o futebol, como ocorre com o Valquir Pimentel que tem parceria com o Arraial, onde já revelou um ótimo jogador chamado João Moreno.
O Jaider Moreira com o Bonsucesso, onde com uma folha salarial de apenas 60mil por mês conseguiu montar um bom time e o Cesso subiu.
Além dessas tem parceria que o ex-jogador Valdo tinha com o Serra Macaense, que projetou esse time da série C para a B do Carioca.
Mas no America a coisa se tiver que dar em merda dará. Aqui é onde a Lei de Murphy funciona perfeitamente.
Além do mais nós temos o que ninguém tem, um monte de Rei Sadim (Rei Midas às avessas).
Mas, vamos torcer pra que eu esteja errado e a parceria desta vez seja como a do Bonsucesso e que subamos.
Saudações encarnadas.
MECÃO VAI DE MEIO TIME DO QUISSAMÃ PRA TENTAR O ACESSO
(26-12-12)
Bem, depois do Espíndula, temos agora Edson, Ricardo e está vindo por aí o Thiaguinho, todos ex-Quissamã campeão da Série B.
Além disso já temos o Bruno Ronzei e deve estar por vir também o Ector do Paduano campeão da Série C.
Esse é o caminho, contratar jogadores baratos e acostumados a ganhar os torneios que disputam e não os fracassados e caros, que perdem muito mais do que ganham.
Parabéns Major Angelo.
E obrigado por nos ouvir.
Será dificílimo ganhar essa Série B de cartas marcadas, mas com trabalho árduo e honesto dessas pessoas que estão em Cosmorama a coisa pode fluir.
Que os vaidosinhos fiquem na sede.
Que os cornetas fiquem em casa.
Que os que torcem pra não dar certo torçam a favor.
Rumo ao acesso em 2013, se Deus quiser.
Pela primeira vez temos um time no qual a torcida participou na formação e é cúmplice (quem não indicou jogador foi porque não quis ou não conhece, mas foi dada a oportunidade e o Major correu atrás).
Saudações encarnadas.
HORA DE APOIAR QUEM TRABALHA SÉRIO!!!
(18/12/12)
Vamos blindar o nosso grupo do futebol para poder brindar o acesso.
Pelo menos dessa vez está havendo seriedade e honestidade.
Temos visto os esforços que Major Angelo, o Marcos Mesquita e o Duilio Dias Junior vêm fazendo pra conseguir montar o time de acordo com a competição e com os jogadores que nós sugerimos, ou seja, eles estão juntos conosco nessa luta.
Mesmo sem dinheiro e com a 'distância' da sede esses caras têm feito o possível e o impossível pra criar uma filosofia de trabalho que faça a diferença na Série B.
Nos jogos treinos e desde a Copa Rio o que temos visto é um grupo esforçado e raçudo. Jogadores dispostos a ajudar apesar de suas limitações (e quem não as têm?).
Só temo que quando aparecer o dinheiro dos patrocinadores voltem aqueles empresários mequetrefes de sempre.
Esqueçamos que a sede existe e que lá é uma miniatura de Brasília, vamos fechar com o pessoal da Baixada, pois lá está o nosso coração que é o futebol.
TODO APOIO AO NOSSO DEPARTAMENTO DE FUTEBOL!!!
E como sempre: Tenho dito!!!
Saudações encarnadas.
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AINDA NÃO É O FUNDO DO POÇO??? CAVARAM MAIS UM POUQUINHO...
(11/12/12)
Galera, não custa nada repetir...
A situação é muito crítica.
Estivemos (eu, Sergio, Paulo ANR, Marcos Melo e Gustavo) no jogo treino contra um time de jogadores desempregados e o que vi não me agradou nem um pouco: a total falta de estrutura para um time profissional. Conversamos com o Major Miguel Angelo, que vem tentando tirar leite de pedra, sobre o futebol do clube e o que mais norteou a conversa foi a falta de dinheiro.
Há várias possibilidades de entrar dinheiro no clube, mas todas virtuais: Eletrobrás, Prezunic, um patrocínio que o presidente está tentando e 'deve' sair em breve (coisa que eu duvido, pois as empresas já fecharam suas participações desde setembro).
Creio que a única empresa que pode ajudar um pouco mais, caso queiram, é a Sérgio Castro Imóveis, isso se o America oferecesse o local master de estampa e propaganda espalhada pelo estádio. Mas deve haver algum impedimento 'geopolítico' pra essa ajuda.
Perdemos a zaga da Copa Rio, mas sendo sincero, não era lá essa coca-cola toda, tanto que nenhum dos zagueiros foi indicado ou sequer lembrado para as seleções da Copa Rio eleitas em diversos sites.
O zagueiro que está chegando é do mesmo nível do Simões, um pouco abaixo do Eleutério. Se o Major conseguir convencer o outro que ele pretende e que queria vir jogar aqui, ficaríamos com uma boa zaga de novo. Falo do excelente zagueiro Edson do Quissamã.
Não estamos mal de volantes, creio que esse foi o motivo de não termos tanto sufoco na Copa Rio, pois o Léo e o Beto são dois pit-bulls raivosos na frente da zaga, não são técnicos, mas são jogadores típicos de série B, que dão o sangue pelo time. Além do mais temos um ótimo garoto da base, que precisa ganhar corpo, que pode ser colocado no time de vez em quando até ser o titular e jogar mais a frente dos outros volantes. Falo do Paulinho e não do Matheus que precisa tirar a máscara.
A partir daí fica difícil... Não temos meias de ligação e nem ataque. Os jogadores indicados ao Major não querem vir pois sabem do problema financeiro do clube.
O Rondinelli não vem pois está apegado ao Norte/Nordeste Fluminense. O mesmo ocorre com demais jogadores de lá.
No gol o Espíndola não está gordo como na foto (não entendi aquela foto até agora), aquilo deve ser colete a prova de balas, só pode. No jogo-treino tiveram 3 lances de jogador desempregado cara a cara com os goleiros e eles defenderam bem, tanto o Espíndula na primeira etapa, como o Bernardo (que achei melhor). E essas chances aconteceram porque o zagueiro (acho que era o Pit) tentou sair driblando, como fazia o Luizinho do Atlético-MG, e perdeu a bola.
A falta de dinheiro e um time modesto não impedem que subamos, vide o exemplo do Carapebus. Mas no America se algo pode dar errado, com certeza dará.
Estou pessimista pra este próximo ano.
Mas otimista em relação ao futuro, caso o Major continue no nosso futebol e o presidente entregue a ele todo o departamento, desde a base.
Saudações encarnadas
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NUNCA FOI TÃO FÁCIL GANHAR UMA SÉRIE B CARIOCA
Subir este ano será fácil, o que me deixa temeroso é continuar na série A.
Veja como vem se repetindo:
2009: America com Romario e Olaria com Angione/Eurico subiram.
2010: Ambos se mantiveram, America com Romario (projeto salvador da pátria olhando o momento) e Olaria com Angione/Eurico (deixou algo pra frente, mesmo sem grana). Subiram Cabofriense, baseado no Roy subidor e Nova Iguaçu, clube-empresa de formação. Caem Tigres e Friburguense.
2011: America, com os lambões caiu e Olaria, ainda sob o efeito do Angione que já havia saído (se não me engano) continuou e ainda foi a uma semi-final. Nova Iguaçu permanece devido ao trabalho de garimpagem de jogadores desconhecidos revelando o Cortês (que eu cansei de indicar pro Mecão)e quase chegando a semi-final, e a Cabofriense nos acompanhou rumo ao abismo, pois não se planejou ao pós Roy. Sobem Bonsucesso e Friburguense.
2012: Não subimos, vimos de camarote da Brahma Quissamã e Audax subirem. Enquanto isso o Nova Iguaçu se mantem bem na primeira e revelando jogador e o Olaria que está sem Angione começa a dar sinal de esgotamento do modelo. Friburguense faz ótima campanha, devido ao planejamento muito bem feito, faz ótima Série D, quase com acesso e ao final do ano ainda visita o Japão. O Bonsucesso, que era Jaiderdependente, não se sustenta com a saída do seu patrono.
2013: Creio que conseguiremos ascender, junto com Goytacaz, ou Portuguesa ou Americano. Digo isso pois esses são os que desejam realmente voltar a elite, é mais lucrativo para alguns times-micro/empresas continuarem na segundona (o gasto é inferior ao da série A, apesar da cota de TV). Devem cair Olaria, caso o Angione não dê o suporte remoto que prometeu e o Quissamã. Audax deve continuar pela força do grupo por trás deles.
2014: Como disse Eurico quando subimos em 2009, se não montar time cairá de novo.
SAUDAÇÕES ENCARNADAS.
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Da coluna do Fabio Menezes no Papo Esportivo:
+ Ainda no Norte Fluminense, o meia Rondinelli - eleito o melhor camisa dez da última Série B estadual - foi sondado na semana passada por um dirigente do America e, confirmado sonho antigo do clube, poderia ou poderá figurar com a camisa vermelha na próxima temporada. Na região, aliás, não são poucos os nomes que interessam ao clube tijucano, sendo mais um deles o goleiro Gláucio, campeão da Série C este ano pelo Paduano.
ATACANTE do interior de São Paulo pode vestir o manto encarnado do Mecão: Acertamos em cheio!!!
MELHOR ZAGUEIRO DA SÉRIE C CARIOCA poderia vestir o manto encarnado do Mecão: Acertamos em cheio de novo!!!
Poderia dar a segurança pra nossa zaga em 2013. Vamos lá Mecão, não tenha medo de ser feliz!!!
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A CADA DIA SOMOS MENOS E MENORES...
Sob forte emoção e tristeza sem tamanho, nós torcedores americanos lamentamos demais a perda do nosso grande amigo Ranieri. Que Deus o tenha ao seu lado.
Fará muita falta a nossa causa e em nossas vidas.
Descanse em paz, guerreiro Espartamericano louco pelo America.
Fonte das imagens : Facebook do Aurelino e do Pedro BDS (Torcedores amigos que amavam esse jovem e viam nele um potencial incrível pra oxigenar esse clube tão maltratado).
Quem também nos deixou recentemente foi um dos americanos mais ferrenhos que conheci. Trata-se do Fred, pai do grande americano Marcio Politano e tio da minha esposa. O tio Fred é daquelas pessoas que fazem de tudo ao seu alcance para ajudar os outros.
Mas as complicações de uma diabetes acabou vencendo essa batalha que travamos pela vida.
Agora somos menos e menores, pois dos americanos do meu convívio sobrou apenas o Marcio.
Sinto muita saudade dos amigos que se foram: Seu Décio e Seu Sérgio, os americanos que me faziam companhia em Bangu.
Lembrarei com muito orgulho de todos esses exemplos de torcedores.
Que fiquem todos abrigados nas asas do nosso Pai Celestial: Serrulhão, Fred, Sérgio e Décio.
A tristeza em breve dará lugar pra imensa saudade.
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Recebi e estou repassando:
"Prezados Americanos.
Nada mais me surpreende, quanto a fatos apresentados referente ao nosso Club.
Tudo o que vem acontecendo, é fruto de uma administração medilcre, sem crádito, sem tradição, sem amor as nossas cores rubras, de tantas glorias conquistadas.
Não respeitam as nossas cores, o nosso orgulho de fiéis torcedores, que a mais de 50 anos continuamos perseverando, sem sequer obtermos boa colocação na elite do futebol, e dos demais esportes de primeira linha.
Para tudo há uma desculpa esfarrapada, que é tolerada por muitos.Pelos inocentes úteis, e, pelos mal intensionados.
O America, hoje, cresce igual rabo de cavalo. Cresce para baixo. Sequer os administradores tentam dar um basta nesta situação. A acomodação dos americanos de uma modo geral assustadora.
Lutar por transparência, ações contundentes para corrigir absurdos, virou coisa do passado.O que falta é coragem para tomada de posições sérias buscando o engrandecimento de nossa agremação.
Desrespeitar os Estatutos do Club, virou rotina para os visionários acomodados, no afã de se manterem no poder.
Este mal, não só nos afeta.Outros clubes de renome, estão igualmente contaminados pela política mórbida, sórdida, que a conjuntura nacional nos apresenta.
Assim está o Flamengo, o Vasco da Gama, a Portuguesa do Rio, o Bangu, e se for citar todos estarei repetindo o óbvio.
Se observar, os clubes estão em decréscimo de prestígio, de finanças combalidas,de débitos impagáveis acrescidos a todo momento por administrações incompetentes e mal intensionadas. Estão nas mãos de políticos, que só se preocupam com eles, usando os torcedores como massa de manobra para conseguir votos.
Flamengo - Vereadora Patrícia Amorim
Vasco - Deputado Roberto Dinamite
America - Vinicius Cordeiro, que não elegeu, sequer um vereador em seu partido, assim por diante.
O que falta no America é um hoimem com a determinação do Ministro Joaquim Barbosa.
Nada mais.
Aos meus 73 anos, estou me despendindo do America, por não compactuar com determinadas situações que só me envergonham.
Devolverei a Medalha, que recebi por serviços prestados ao Club, que é a MEDALHA LUCIO LACOMBE. TAL HONRARIA foi-me OUTORGADA EM 15 DE OUTUBRO DE 1981, poucos receberam.Poucos sabem de sua existência, porque não conheceram o Club quando merecia o respeito de outras agremiações na qualidade de adversário, que nos temiam no caráter desportivo.
Não irei devolve-la ao atual Presidente, porque entendo, que não a merece receber, sequer, a devolução deste marco histórico, Orgulho Americano.
O farei, ao Departamento Histórico do America, na pessoa de nossa querida Americana Fiel, Diretora Sra Eralda, para que a guarde com o carinho, como trata toda a nossa Gloriosa História, por entender que em suas mãos esta relíquia estará em mãos seguras e probas.
Americo Chaves
OBS: Autorizo a publicação onde entender tornar público, como voto de Protesto a atual Administração."
A que ponto chegamos...
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UCHOA, NOSSO EX-LATERAL DIREITO, DÁ EXEMPLO:
Que exemplo maravilhoso!!! E era do nosso Mecão!!!