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Por que somos America?
Por que somos America?

 

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ODE AO AMERICA


Por Paulo Faria Lima


 

Grande Silveira.


Os 300 farão que o sonho descrito no meu poema para o América que fiz anos atras, se torne realidade.

 


AMÉRICA

 


Dizem que o amor é azul…
Não concordo com esta sina,
Pois em minha simples rima,
Mudo agora a sua cor.

 


Um amor sempre vibrante,
Forte, contagiante,
Da cor Vermelho Sangue
Que cala no coração,

 


Fazendo num rompante,
Chorarmos de emoção.
Pois por pequenina que seja,
A emoção nos enseja

 


Trazendo à flor da pele,
Tudo que a ele se refere.
Nos faz chorar felicidade,
Sem tempo, hora ou idade.

 


Mesmo quando a decepção
Teima sempre em ficar,
Parecendo infindável,
Difícil, interminável

 


O amor insuperável,
Faz como fênix,
Ressurgir das cinzas,
Aquele lindo pendão!

 


Muito feliz o Poeta,
Que pôs em seu refrão
Que a “ cor do pavilhão
É a cor de nosso coração. “

 

 

 

SER AMERICA


POR MAXWELL


Ser America é herança de família, herança de sangue. Sangue Rubro. Ser America é antes de mais nada ser guerreiro, é acreditar até o fim, é ter esperança mesmo sem ter fé. Tudo em prol de sua paixão.

 

 

 

Ser America por sí só é uma grande prova de amor. Nos dias de hoje, é aguentar, suportar, sofrer. Mais sofrer do que suportar. É não se conformar com um passado glorioso e um presente ingrato, mas ter em mente um futuro de volta ao orgulho, respeito. Cada vitória nossa é comemorada fervorosamente, pois nada vem fácil — nunca veio, principalmente para quem torce para o America.

 

 

 

Ser America é ser fiel, apesar dos anos de ostracismo e humilhação. Muitos abandonaram o America e outros sempre tentam, mas não conseguem. É maior do que eles. Outros tantos partiram sem ver um America decente, um America de verdade, e mesmo assim a torcida se mantém pelo amor de torcedores abnegados, e de novos torcedores, que despertaram e abriram mão da comodidade, do orgulho e da vaidade para assumir essa paixão rubra.

 

 

 

Ser America nunca foi fácil, mas já foi mais feliz. Os tempos são outros, e com ele vamos nos acostumando a coisas que não deveríamos nos acostumar. Se isso é uma sentença, que esteja prestes a terminar. Ser America é nunca abandoná-lo, nem nas piores crises, como num relacionamento. E a cada dia vamos comprovando isso. Levamos em conta a tradição, pois ela se construiu com glórias, com esforço, com raça, mesmo que muitos façam questão de ignorá-la.

 

 

 

Ser America é ser sonhador ao extremo, ou ser realista ao extremo, mas sempre com um interesse em comum: Ver o America vencer. Ser America é em algumas situações testar a paciência, testar a paixão, é teste para cardíaco. É um grande desafio, mas um desafio que no final das contas acaba sendo prazeroso. Tem coisas que só acontecem com o America e com sua torcida, não tente encontrar explicação para descrever esse sentimento, porque vai além de ser racional, vai além da paixão. Não é tudo da gente, mas é 100% de nós.

 

 

 

Ser America é torcer, e torcer até morrer. Deus salve o America.

 

 



HENFIL, O INOVADOR DA EXPRESSÃO E CRIADOR DA CARICATURA 'GATOS PINGADOS'

 

Henfil nasceu em 1944, em  Ribeirão das Neves, Minas Gerais e morreu no Rio de Janeiro aos 43 anos. Era hemofílico e contraiu Aids através de uma transfusão de sangue. Durante sua carreira, trabalhou com várias mídias, escreveu uma peça de teatro, A Revista do Henfil , em co-autoria com Oswaldo Mendes e escreveu, dirigiu e atuou no filme

 

Tanga - Deu no New York Times . Como escritor, publicou sete livros, entre eles Diário de um Cucaracha , de 1976, e Henfil na China , de 1984. Henfil destacou-se, também, pela sua participação na política do país. Foi um dos maiores críticos da ditadura, lutou pela democratização do País, pela anistia dos presos políticos e pelas Diretas Já.

 

 

Origem da Expressão “Gato Pingado”

 

A expressão geralmente é usada para designar pequena quantidade de pessoas. Seguidamente, inclusive, usa-se para dizer que um pequeno público compareceu a um estádio para assistir a um jogo de futebol.

 

Segundo informa o professor Ari Riboldi no seu livro O Bode Expiatório, a expressão estaria vinculada a uma pratica de tortura, no Japão, em que se derramava óleo fervente em criminosos ou animais, sendo os gatos as maiores vítimas. Poucas pessoas assistiam a macabra tortura, restando apenas os gatos pingados com óleo no local.

O cartunista Henfil até criou o Gato Pingado, simbolizando a torcida do América, sempre muito reduzida nos estádios.

Fonte: Guia da Família e do Lar. Jan/10

 

 

ODE AO GATO

Artur da Távola

 

Nada é mais incômodo para a arrogância humana que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece. O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias de amor. Só as saudáveis.

 

            Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula. Gato não. Só aceita relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de traiçoeiro, egoísta, safado, espertalhão ou falso.

 

            “Falso”, porque não aceita a nossa falsidade e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e o dá se quiser.

 

            O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é esperto. O gato é zen. O gato é Tao. Conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer. Exigente com quem o ama, mas só depois de muito se certificar. Não pede amor, mas se lhe dá, então o exige.

 

            O gato não pede amor. Nem dele depende. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém, sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano, mas se comporta como um lorde inglês.

 

            Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa a relação sempre precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Vê além, por dentro e avesso. Relaciona-se com a essência.

 

            Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende ao afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando esboça um gesto de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é muito verdadeiro, impulso que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe; significa um julgamento.

 

            O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós).

 

            Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, eles se afastam. Nada dizem, não reclamam. Afastam-se. Quem não os sabe “ler” pensa que “eles não estão ali”, “saíram” ou “sei lá onde o gato se meteu”. Não é isso! É preciso compreender porque o gato não está ali. Presente ou ausente, ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.

 

            O gato vê mais, vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluidos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente ao nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério.

 

            Monge, sim, refinado, silencioso, meditativo e sábio, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado. O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e novas inter-relações, infinitas, entre as coisas.

 

            O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precisa de promoção ou explicação os assusta. Ingratos os desgostam. Falastrões os entediam. O gato não quer explicação, quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda a natureza, aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato.

 

            Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração e yoga. Ensina a dormir com entrega total e diluição no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase quinze minutos) se aquecendo para entrar em campo. O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, ao qual ama e preserva como a um templo.

 

            Lições de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, o escuro e a sombra. Lição de religiosidade sem ícones.

            Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gesto e senso de oportunidade. Lição de vida e elegância, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências ou exageros e incontinências.

              O gato é um monge portátil sempre à disposição de quem o saiba perceber.


Saudações encarnadas.